Archive for janeiro 2013

Empreendedorismo jovem: speakr.fm

2 Comments »

Isadora Couto


Terça a noite, na minha timeline, um compartilhamento chamou minha atenção: "Estamos no ar! Acesse: speakr.fm". Acessei, e adorei a plataforma, que permite o compartilhamento do que o site chama de "playlists sociais". Adorei mais ainda quando descobri que o seu desenvolvedor era Luís Eduardo Brito, estudante de Engenharia de Computação na UNICAMP, de apenas 19 anos.

Luís conta que deu início ao projeto quando "estava desenvolvendo um algoritmo que criava playlists baseadas no gosto musical de cada um" e então percebeu que tinha algo promissor em mãos. Segundo o fundador do player "o grande diferencial é que ele realmente entende os gostos de alguém". Através do login pelo Facebook, a plataforma analisa cada artista curtido, levando em conta o gênero musical e os artistas parecidos para criar playlists exclusivas para o usuário.

O desenvolvedor do site conta com a sociedade de seus amigos Carolina Stein e de Vitor Siqueira. Por estar em fase BETA, algumas de suas funcionalidades ainda não estão disponíveis ou apresentando alguns bugs (erros). Entretanto, eles já possuem algumas parcerias, uma delas é com o Grito Rock Goiânia, disponibilizando o line-up completo do evento.



Inspiração decorativa

No Comments »

Isadora Couto


Por ter mudado de cidade 6 vezes, uma coisa que já me fez gastar muito dinheiro foi a mobília de casa. O pior é que não posso falar que com isso aprendi a como montar melhor a decoração. Sempre procurava pelo mais barato e mais prático, e quando todos os eletrodomésticos e móveis estavam juntos, eu observava o desastre decorativo. Onde é que eu errava?

Depois de praticamente lotar meu apertamento em São Paulo com móveis, aprendi a lição: pesquisar e planejar. Por isso selecionei esse apanhado de móveis, eletrodomésticos e peças decorativas que me gustam, para vocês (que estão saindo agora da casa da mamãe) se inspirarem e planejarem a sua decoração melhor que eu.


1 - Luminária Imaginarium (R$ 179,00) / 2 - Máquina de escrever Olivetti Lettera (R$ 180,00 em média) / 3 - Despertador Imaginarium (R$ 54,90) / 4 - Cadeira diretor Meu Móvel (R$ 251,10) / 5 - Cavalete Meu Móvel (159,00)

1 - Banco Casas Bahia (123,40) / 2 - Torradeira Elétrica (R$ 60,00 em média) / 3 - Frigobar retrô Brastemp (R$ 999,00) / 4 - Almofada Dali Casa (R$ 46,00) / 5 - Arara ou cabideiro (R$ 80,00 em média) / 6 - Cabide Ronaldo Fraga para Tok&Stok (R$ 39,00)

1 - Espelho janela Imaginarium (R$ 246,91) / 2 - Poster Sex Pistols FNAC (R$ 31,50) / 3 - Jukebox dock station (R$ 789,90) / 4 - Tapete comedouro Tok&Stok (R$ 12,00) / 5 - Pufe Etna (49,90)



Vila Madalena

No Comments »


Nathália Giordano


Vila Madalena. Conhece? Não perca mais tempo.

Muro do Beco - Vila Madalena (Foto minha)
É um bairro de São Paulo pertinho de Pinheiros, o acesso é mega fácil pelo metro da linha verde e é onde fica meu aconchego nessa cidade tão grande.

A Vila tem milhares de coisas legais que não cabem só em um post, mas pra começar saiba um pouquinho da história desse bairro cool. Ele nasceu com uma turma de estudantes que não tinham muita grana e foram morar perto da USP, há boatos de que foram esses jovens que sugeriram o nome incrível das ruas: Harmonia, Girassol, Purpurina, entre outras. A ideia era dar uns nomes poéticos e sair um pouco da tradição de homenagear autoridades políticas.

Centro Cultural Rio Verde
A Vila é cheia de ateliês imperdíveis, lojinhas cheias de coisas diferentes e legais. Têm também escolas de música e teatro, bom pra quem não é de São Paulo e ainda tá procurando se encaixar, como o Quintal de Criação – que treina linguagem da improvisação – e o belíssimo Espaço Mágico com o especial diretor João Lorenzon.  

 Não dá pra esquecer da famosa Livraria da Vila que foi inaugurada em 1985 e hoje tem mais de 22 mil títulos diferentes e é palco de exposições e lançamentos de livros em noites de autógrafos.
Fora a livraria, pra quem gosta de apreciar cultura, o Centro Cultural Rio Verde deve ser visitado. Um espaço de experimentação artística, cheio de shows divertidos com músicas diferentes, exposições incríveis cheio de novos talentos.

E, também, indico a Sala Crisantempo pra todos os gostos culturais, apreciar e participar é a missão. Um lugar de apresentação e educação de dança, música e teatro. Repleto de oficinas e palestras indicadas para todas as pessoas, leigas ou até mesmo experts.


Mercearia São Pedro
Agora é a hora, bares e festas é o que mais têm, dos mais requintados até o mais roots possível. O meio termo é o Genésio, têm pizzas e massas feitas em casa, mas a melhor pedida é o chopp gelado e polenta com molho de tomate, ambiente descontraído e cheio de fotos antigas. O Astor é uma boa opção, o problema é a fila de espera que tem de segunda a segunda, mas se der para esperar eles fazem valer a pena com drinks incríveis e comida muito boa, principalmente a empada de camarão. E se você não quer gastar dinheiro e não se importa de ficar de pé, vá direto para a Mercearia São Pedro, é um bar que reúne gente legal e sem frescura. É descorado com pôster de filmes cults e lá dentro têm DVDs e livros para comprar.


Astor

Sala Crisantempo - Rua Fidalga, 521
Centro Cultural Rio Verde - Rua Belmiro Braga, 119
Livraria da Vila - Rua Fradique Coutinho, 915
Bar Genésio - Rua Fidalga, 265
Bar Astor - Rua Delfina, 163
Mercearia São Pedro - Rua Rodésia, 34





O segredo de Ana

No Comments »

Nathália Giordano


Era uma vez, uma pequena menina chamada Ana, ela não era uma garota comum, seu melhor amigo era o mar. Todos os dias bem cedo Ana acordava e corria para o mar que a esperava desde então. Eram inseparáveis. Bonecas, bolas e crianças não mais encantavam a bela Ana. Sereias, peixes e águas não mais interessavam ao mar. Foi quando num dia ensolarado, a menina seguiu sua rotina, correndo para o mar como fazia há muito tempo, mas não se deu conta da paixão que havia nascido entre eles. O mar, sem intenção de machucar Ana, com todo seu amor a puxou para o fundo de suas águas. A pequena apaixonada não percebeu que estava se afogando. Quando desmaiou, o mar assustado devolveu Ana inconsciente para as areias da praia. O sol se foi e Ana não tinha forças para voltar para sua casa, seus pais a encontraram deitada e nervosos a proibiram de ver o mar. Desde então o mar criou a maré cheia para encontrar quem sabe um dia a janela de sua amada, que todas as noites derrama lágrimas salgadas, pequenas partes do seu grande amor.


Mario Vargas Llosa, seu virjão

No Comments »

Isadora Couto



Hoje fiz uma entrevista de estágio em que pediram para os candidatos lerem e discutirem uma matéria sobre o que Vargas Llosa (Nobel de Literatura) pensa da cultura de hoje. Após ler aspas como “Podem dizer que a cultura se democratizou, que deixou de ser elitista, mas é um processo que gera conformismo” , “Nas artes, a palhaçada chegou a termos grotescos, a ponto de museus importantes pagarem centenas de milhões por um tubarão no formol” e “Com o desaparecimento de uma certa cultura, degrada-se o erotismo. Estamos nos animalizando” só tive vontade de dizer uma coisa: Vargas Llosa, seu hipócrita, utopista, conservador e VIRJÃO!


Certo, é um exagero da minha parte. Nunca li uma obra dele (lerei agora depois dessa), e ele pode ser um gênio da literatura mesmo. E justamente por isso, ele vende muito, e não por menos de 30 reais. Tá reclamando da mercantilização da cultura, mas tá aí lucrando horrores. Afinal, o que ele quer dizer com isso? Quer dizer que a cultura não pode ser inserida em contextos mais desfavorecidos ou que a única coisa que deve ser distribuída por aí são textos da Clarice Lispector?

Mas então, como diz o jornalista na matéria, a cultura é que precisa de formol? Isso me lembra do discurso de Monteiro Lobato criticando as obras de Anita Malfatti, que comparava suas obras modernistas a “furúnculos da cultura excessiva”. É claro que Lobato não entendeu a estética do modernismo, assim como o escritor não entende o tubarão no formol (nem eu).  Entretanto, sei que a arte é livre e deve continuar assim, custe o que custar.

E por fim, declaração nenhuma é mais conservadora do que idealizar o sexo. Nós somos animais mesmo, nós exalamos libido, queremos dar e comer, na lata. Existem muitos sexos, e não é porque você quer deslizar os dedos para sentir a pele macia de sua amada antes de tirar suavemente sua roupa que devemos ignorar o “quero gozar” e ponto.



É pra ver ou pra comer?

No Comments »

Isadora Couto

Não, não estamos comendo sobremesa com seu tio engraçadinho. Estamos falando sobre artistas que recriaram a gastronomia como bem lhe entenderam. Segue então uma seleção de trabalhos artísticos para vocês degustarem. E como dizem, devemos trabalhar com o que a gente gosta. Tem quem não goste de comer?
Kit de barras de cereais




Bobbi Brown, fundadora da linha de cosméticos Bobbi Brown Cosmetics, tem pós-graduação em maquiagem teatral, mas a sua mais nova invenção não parece fazer lógica com sua carreira. Aliás, só a mesma preocupação com o corpo. Bobbi assina a “Eat Pretty Powerful Cube”, uma caixa com barras de cereais dos seus sabores favoritos.

Cozinha sem fogão





O restaurante Lapin Kulta Solar Kitchen, que também é uma instalação artística, funciona com energia solar e discos de alumínio, ao invés de um fogão. Mas mesmo que não faça sol, a cozinha ainda funciona: saladas e sashimis serão servidos. O projeto é idealizado pela cabeça criativa, o ex-designer Martí Guixé, e pela cabeça gastronômica, Antto Melasniemi.

Designer de sushi




A produtora de nori (a alga que enrola o sushi) Umino Seaweed lançou uma linha de algas desenhadas com laser, a Design Nori, em parceria com a agência de publicidade I&S BBDO. Os produtos foram desenvolvidos para ajudar a empresa de nori a se reestabelecer após o tsunami no Japão em 2011.

Aceita uma bolsa de amoras?




Nunca a moda e a gastronomia estiveram envolvidas em um sentido tão literal. O trabalho A Matter of Taste, do fotógrafo italiano Fulvio Bonavia, mistura peças da indumentária com peças da culinária. A obra não é funcional para nenhum dos lados, só para a arte. Ou você usaria um belo par de berinjelas nos pés?

Que receita maravilhosa!


O I Could Kill For Dessert é o blog com as receitas mais bonitas da internet. A Danielle Noce, autora do site, cozinha sobremesas com um pé na criatividade. Aliás, a perna. Também, Danielle tem formação em Moda, Fotografia e Teatro, o que justifica toda a delicadeza. A autora escreve também para a Gloss e possui um canal no youtube. 

Ps: Espero que vocês não estejam laricados.

Segurem seus cabritos

1 Comment »

Nathália Giordano

Um tempinho atrás, fiz um trabalho de história sobre o papel da mulher. Meu grupo era bapho e o tema mais ainda. A apresentação foi chocante para parte da sala e eu até hoje me pergunto o porquê.


Mulherada queimando o sutiã
Tudo começou quando falei sobre a revolução sexual, aquele momento lindo que surgiu junto com a pílula anticoncepcional, o sexo passou a ter mais do que uma finalidade e se tornou uma fonte de prazer. A moral burguesa e a Igreja pregavam, continuam pregando, que o sexo é somente para a reprodução e que o prazer é para MULHER de vida fácil. Hum, entendemos... mas e o homem? Por que ele pode sentir prazer?


Agora, em 2013, cada mulher carrega nas costas um passado triste. Nossas antepassadas foram domesticadas desde pequenas a desempenhar o papel de esposa, nunca foi permitido que essas meninas conhecessem o seu corpo e quando mulheres não puderam escolher os seus parceiros e nem satisfazer suas vontades sexuais (ou naquela época, qualquer outra vontade).


Estou lendo “Gabriela, Cravo e Canela” e o livro retrata muito bem essa época, os homens corriam para o Bataclan todas as noites e as mulheres nada podiam dizer. Afinal , quando o homem trai, a culpa é da mulher. E quando uma delas resolvia sair da linha era morte na certa. Outra passagem marcante do livro é quando uma jovem dá um jeito de fingir ser virgem para que o marido estendesse o lençol com sangue na janela, comprovando a dignidade da esposa. Esse passado real deixou nossa sociedade cheia de marcas machistas e amenizá-las é nossa obrigação.


É engraçado escrever esse texto e dizer “nossas antepassadas”, se até hoje a realidade não é tão bela. Existem sociedades que ainda mutilam o clitóris das meninas, fazendo com que elas nunca sintam prazer, e assim, se tornem mulheres dignas. Essa mutilação trás consequências gravíssimas como choque cardíaco, hemorragias e inúmeras complicações emocionais.


Em outras proporções, aqui no Brasil também sofremos com essa realidade. O tabu ainda é grande, a  questão não é buscar o prazer a qualquer custo, mas sim ter a liberdade de escolha. Por exemplo, a exigência da camisinha, escolher se deseja ou não e como deseja. E, principalmente, ter a chance de conhecer o próprio corpo.


O preâmbulo da carta da ONU estabelece como um dos objetivos centrais a igualdade dos direitos entre homens e mulheres. Igualar salários, proteger as mulheres da violência, entre outros. Em nenhum momento trata-se da questão da liberdade que a mulher deve ter sobre o seu próprio corpo.


Parece exagero meu, né? Mas, é um assunto importante, se não formos devidamente respeitadas como mulheres, o machismo se alastra. Aí, torna-se um problema longe de soluções simples. Como as epidemias de estupro na África, Índia e outros países. Os homens se sentem no direito de fazer o que bem entenderem, o corpo da mulher passa a ser propriedade deles.


Rape-aXe, uma camisinha feminina anti estupro que tem dentes internos. Prende no pênis do estuprador e só sai com ajuda médica. O agressor sente uma imensa dor e mal consegue andar. Aí, do hospital vai pra cadeia.




Então, é bom pensar 18 vezes antes de dizer: “prenda sua cabra que meu cabrito está solto”. Moça, se você diz isso, você machista e gerações futuras sofrerão com sua ignorância.


No trabalho eu pesquisei um pouco sobre a diva Leila Diniz que veio ao mundo para quebrar tudo e matar esse machismo. A atriz teve um filho com um homem que não era o seu marido, isso na década de 1960, época em que a repressão dominava o Brasil. Para quem nasceu na década de 90, assim como nós, é como se fosse a avó de vocês. Imaginem na época de suas avós ter um filho sem ser casada e ainda aparecer na praia de biquíni com o barrigão de fora. Sente em sua cadeira, Leila ainda disse numa entrevista: “Transo de manhã, de tarde e de noite”. Foi uma mulher a frente do seu tempo e quebrou inúmeras convenções e nos ajudou a conquistar vários direitos. Ela falava e vivia os seus discursos, não era só conversinha. Simplesmente não estava nem aí pra opinião alheia.


Leila em "Todas as Mulheres do Mundo" - Domigos de Oliveira


"Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao  -tronco de uma especial escravidão." - Carlos Drummond de Andrade

Leia Diniz exibindo o barrigão







Direito de ir e vir

2 Comments »

Nathália Giordano

“E então, por que você escolheu jornalismo?”

Estou na fase de entrevistas para estágio e definitivamente essa é a parte que mais odeio. Nesse momento minha cabeça gira, pula e tenta inventar algum motivo que convença o meu futuro chefe de que escolhi a profissão certa, pelas razões certas. E eu nunca acho a resposta. Já disse: “Ah, o jornalismo me escolheu... sabe como é!”. E ainda: “A informação tem caráter transformador e é uma ferramenta para que eu mude o mundo para melhor”. Como foram muitas entrevistas e nenhuma dava certo, fui mudando o método: “Jornalismo foi minha opção por perceber que tinha uma curiosidade insaciável sobre o mundo e tudo ao seu redor”. Ainda não consegui o estágio.

Inconformada, contei ao meu pai. Disse que eu não tinha certeza dos motivos e nem mesmo se estava no lugar certo. A resposta é que será útil para todos que vivem esse dilema. “Mas filha, nem eu tenho certeza. Talvez seja esse o segredo, viver para descobrir”.

Somos jovens, podemos voltar atrás, mudar de ideia e de gostos. Nada é definitivo, escolham sem angustias. Podemos ir e vir infinitas vezes, mas o segredo para aumentar chance de acertar é olhar para si e se perguntar qual seria a profissão que vocês optariam se o dinheiro não existisse. Depois, tente não ir muito longe dessa resposta.

Ps: aí vocês facilitam a vida de quem quer medicina por dom e não por grana. 







Noite infeliz

2 Comments »

Isadora Couto

Hoje é o pior dia da vida de muitos amigos e familiares das 245 vítimas do incêndio. Vítimas que eram jovens e universitárias, com sonhos e angústias, como a gente. Quando me deparei com a notícia, estava preparando o post que estrearia o blog na noite de hoje. Mas faria sentido dar início a uma página dedicada a jovens leitores quando tantos deles perderam sua vida de uma forma tão assustadora? Sem ao menos tocar no assunto? Não fez sentido pra mim. Ainda mais quando percebi que eu poderia ser uma dessas 245 pessoas, em uma boate qualquer, em uma apresentação qualquer.



Mesmo que o blog ainda inicie hoje, que os assuntos continuam sendo alheios à mortalidade, queremos prestar nossa sensibilidade diante a tragédia. Aliás, diante ao assassinato, que tem nome e sobrenome: despreparo e imprudência. Que essa lição seja entendida para que o dinheiro nunca mais se sobreponha a vidas. Um alvará não é só um papel, e as medidas de segurança não são simbólicas. Não queremos ser as próximas vítimas.