Nathália Giordano
Manipulador. É
essa a melhor palavra para definir Silas Malafaia. Desde o começo da entrevista
o pastor chegou com argumentos prontos e bem estudados, nada além do esperado.
Silas é formado em psicologia e aparenta saber bem dos assuntos discutidos na
entrevista.
Para começar,
sobre a grana do líder da igreja “Assembleia de Deus – Vitória em Cristo” não
importa se são 300 ou 4 milhões. O pastor possui UMA CASA E SEIS APARTAMENTOS,
enquanto muitos de seus fiéis estão bem longe do sonho de possuir um casebrinho
próprio. Não consigo enxergar os dois lados dessa moeda, infelizmente. O
dízimo, utilizado dessa maneira, não faz sentido a meu ver. E se “Deus trabalha
com uma lei de recompensa” seria para ajudar quem ajuda os outros e não quem
sustenta um pastor manipulador que vive numa casa de quase um milhão de reais.
Sobre os outros assuntos
debatidos, é uma pena que Silas possa vomitar suas teorias. Ele, assim como a
VEJA, é um formador de opinião e pode convencer as pessoas de que seus
discursos são verdades incontestáveis. É uma falta de responsabilidade
dizer/publicar que os homossexuais podem ser curados ou que eles querem
direitos demais. Quando na verdade não são doentes e só desejam possuir
direitos que nós já temos.
O pastor pode
mesmo amar os gays e bandidos, mas ele não conhece os seus fiéis e não sabe do
que são capazes, podem interpretar de todas as maneiras esse discurso
preconceituoso e passar a discriminar os homossexuais. Será mesmo esse o desejo
de Deus?
Cabra, espinafres
e assassinos. Marília Gabriela perdeu a compostura quando o pastor comparou os
homossexuais com assassinos e bandidos. Compreendo o lado dela, mas é uma pena
que a jornalista tenha mesclado sua opinião com o real papel profissional de questionar
as teorias do entrevistado (mesmo que eu concorde completamente com ela).
É claro que as
igrejas enchem de homossexuais pedindo socorro, é o grito pela ajuda por não
ser acolhido em casa e nem na sociedade. Acredito que o problema inicial esteja
na Bíblia. A sociedade se desenvolveu, não dá para ficar preso no tempo lendo
discursos antiquados. Afinal, de acordo com o Êxodo 35:2, quem trabalhar aos sábados deverá ser morto.
Se Deus existe, para mim, Ele é amor e lá de cima torce que
por aqui as pessoas se amem e convivam em harmonia. Na minha concepção, quando dois
humanos do mesmo sexo se amam, cuidam uma do outro e desejam passar a vida
juntos, Ele assiste sorrindo. De nada adianta esse pensamento coxinha,
conservador. Não importa se você é branco, de classe média, cristão e hétero se
mal sabe amar os outros e discrimina os diferentes.
Por fim, para mim, Ele quer o planeta com alimento na mesa, quer que
todos tenham uma cama para dormir e alguém para amar. Não quer pastor
milionário enriquecendo com doação de fiéis. E provavelmente estremece ao ver crianças nos semáforos, porque sonha com todas elas em casa repleta de carinho, pouco
importa se são duas cuecas ou calcinhas, contudo que cuidem e amem essas pequenas vidas.
Acredito que o meu Deus seja o mesmo que o da Marília e eu
também espero que ele perdoe esse pastor que se apropria do nome divino para
montar discursos contra o amor.
Aproveitando o comentário para dar uma sugestão (sim, não precisam aceitar kkk. É só uma forma de me comunicar com vocês). Então, eu vi a postagem de "Girls" e a primeira coisa que me veio à cabeça foi The O.C. Alguma de vocês já deve ter visto, então fica aqui minha dica. Além de ter "revolucionado" o indie rock e a cultura indie em geral, a popularizou. A série ~teen~ inspirou muitos jovens. Beijos.
ResponderExcluirAh, e se não ficou muito claro, a sugestão é: façam um post sobre essa série, auhauhau.
ResponderExcluirPodes crer, The O.C. fez muito sucesso. Mas eu nunca assisti, hahaha. Vou procurar saber, obrigada pela sugestão! Beijos
ResponderExcluirÊ! Eu assistia The O.C, foi demais mesmo. Principalmente, no meu caso, pelo Seth. Daqui a pouco providenciamos um post com esse tema.
ResponderExcluirObrigada pela sugestão,
Beijos