Society, you're a crazy breed


Nathália Giordano


“Oh, it's a mystery to me
We have agreed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...

When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

There's those thinking, more-or-less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me..."

O verdadeiro Chris Mccandless

Foi com essa música que comecei escrevendo esse post, há tempos tento escrever algo que expresse um pouco do tanto que me envolvi com a história do Chris Mccandless. Comecei assistindo ao filme incrível "Na Natureza Selvagem" dirigido por Sean Penn, há boatos de que as cenas são lentas e o filme é cansativo. Para mim essas críticas definitivamente não fazem sentido algum. A cada minuto que passava meus olhos piscavam com menor velocidade, ficou difícil de tirar o olhar da tela. Que tipo de jovem abandona tudo, queima o último tostão e sai sozinho em busca de uma aventura?

Foi mais ou menos assim a história do meu amigo Alexander Supertramp – apelido criado por ele e adotado durante sua viagem – que estava desconfiado demais das relações humanas e resolveu partir rumo ao Alasca em busca da natureza selvagem.

Alex foi bastante influenciado por Tolstoi e Thoreau em suas leituras. Ansiava encontrar um local onde pudesse estar em contato com a natureza pura, longe dessa sociedade materialista.

A viagem o transformou em um símbolo de resistência a realidade social que nos é imposta. Chris não aceitava seguir os planos que haviam feito para sua própria vida. “Agora é hora de entrar na faculdade. Já está na hora de comprar um carro. Guardar dinheiro. Casar....” O jovem não suportava a ideia de não ter controle sobre sua vida e também se indignava com a visão de que seus pais faziam de tudo para ficar bem frente à vizinhança.

Será que Alex foi um herói resistente? Uma alma de aventureiro? Ou somente um ingênuo idealista influenciado por leituras antigas?
Filme "Na Natureza Selvagem"

Após a leitura do livro de John Krakauer – que inspirou o filme - percebi ainda mais que tudo o que surge são somente hipóteses, ele pode ter sido alguém intenso, cheio de questões existenciais e que não conseguia simplesmente seguir o fluxo de vida padrão, ou pode mesmo ter sido um jovem que lutou contra a sociedade americana doente.

Para mim, Supertramp se permitiu seguir os instintos. Correu atrás de suas próprias vontades – aquelas que vêm de dentro do coração – e atravessou as fronteiras de seus pensamentos e barreiras pessoais. Experimentou a vida que tinha curiosidade, encontrou suas conclusões, mas aí já não tinha mais como voltar e Alex morreu dentro do Magic Bus.

Nada disso pode ser suicídio. Tem gente morre quentinho com 90 anos e nunca encontrou uma resposta, morre sem nunca ter vivido. Alex encontrou e, na verdade, foi cedo até demais. Seguiu os gritos do seu coração sedento por aventuras e isso não pode ser errado.

Além da história intrigante e envolvente, não posso jamais esquecer de falar da trilha sonora do filme feita pelo maravilhoso Eddie Vedder. Parece que o álbum não existe sem o filme e o filme não existe ele. Eu não posso mais ouvir porque já banalizei as músicas de tanto que escuto. Definitivamente é um dos meus álbuns preferidos.

Então escutem essa trilha sonora perfeita e sigam em busca de suas curiosidades e perguntas pessoais. Deixem suas crises existenciais aflorarem. Questionem-se e vivam intensamente.

"Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro. A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e, portanto, não há alegria maior que ter um horizonte sempre cambiante, cada dia com um novo e diferente sol"
Chris McCandless


This entry was posted on quarta-feira, 6 de março de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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